Bolo de Cenoura de Liquidificador

Ontem estava com vontade de comer um bolinho. Dia de chuva pede uma gordice. Como comprei cenouras na feira, vamos de Bolo de Cenoura de Liquidificador.

Há algum tempo eu não fazia um bolo de cenoura, lembro que sempre ficavam abatumados, mas bolo de cenoura é tão gostoso. Resolvi tentar mais uma vez e fui lá catar o livro de Cupcakes que ganhei da minha “filha” Gabi. Além disso queria usar uma das farinhas que comprei no Uruguai, pois aqui não é fácil encontrar farinhas de diferentes tipos.

A cobertura ficou por conta das goteeeeeenhas de chocolate Mavalério e o creme de leite light que tinha  na geladeira. Sinceramente, não sei porque compro do light, pois o que ajuda a deixar a cobertura gostosa é a gordura do creme de leite. Compro do light imaginando que vou usar em molhos de queijo, mas eles sempre acabam indo pros doces.

Existem várias receitas de ganache por aí e há algum tempo fazer ganache pra mim era fácil, era só derreter 2 barras de chocolate qualquer e colocar uma caixinha de creme de leite. Mas aí comecei a tentar outras coisas e não tenho acertado mais. Vou tentar dia desses fazer uma experiência com diferentes tipos de chocolate, cremes e técnicas.

Bolo de Cenoura  (receita inspirada no Livro Cupcakes da Larousse, com medidas adaptadas)

Rendimento: 12 unidades

– 1 xícara de farinha de trigo (usei a 000)

– 1/2 xícara de cenoura crua picada

– 2 ovos

– 1/2 xícara de óleo (usei o Salada 3 sementes)

– 1 xícara de açúcar (usei o demerara)

– 1 colher de chá de fermento

Antes de começar liguei o forno para aquece-lo e preparei a forma com os papelotes.

Bati os ingredientes líquidos+açúcar usando o mixer e na seguinte ordem: ovos, óleo, açúcar e cenouras. Quando a mistura ficou homogenia, troquei a lâmina pelo fouet (batedor de claras) e fui adicionando aos poucos a farinha misturada com o fermento. Tentei não mater demais.

Enchi 3/4 das forminhas com a massa, usando a jarrinha do mixer e coloquei no forno a 200ºC para assar.

Depois de uns 15 min fui ver como estavam os bolinhos e eles haviam crescido bastante. Poderia ter enchido só até metade das forminhas. Deixei mais uns 5 min no forno e ficaram bem assadinhos. Levei pra grade de resfriamento e enquanto isso fui fazer a cobertura. Tá, primeiro comi um bolinho e a massa estava muito fofinha e até bem doce para meu gosto. Possivelmente irei diminuir a quantidade de açúcar na próxima.

Ganache de chocolate – “experimento”

– 1 xícara generosa de gotinhas de chocolate (usei o Mavalério)

– 3 colheres de sopa de creme de leite light – Tipo Nata (34% de gordura)

Derreti o chocolate no microondas e adicionei a primeira colher do creme de leite gelado e tomei um susto: o chocolate começou a ficar duro. Coloquei mais uma colher e ele ficou ainda mais duro, então voltei com o chocolate pro microondas mais alguns segundinhos. Ele ficou molinho e coloquei mais uma colher do creme de leite, daí ele ficou com uma boa consistência, só que na minha consciência sei que não estava fazendo certo. Na próxima vou seguir a receita da Martha Stewart ou esta receita do Savory Sweet Life.

Passei esse “experimento” para um saquinho tipo ziploc, cortei a pontinha e confeitei os cupcakes.

Com essa quantidade de ganache consegui confeitar 7 bolinhos, para cobrir tudo precisaria dobrar a receita. Quando a ganache esfriou ele ficou bem durinha o invés de mais cremosa.

Os cupcakes depois de confeitados ficaram assim:

Guacamole e Chilli com Feijão

Adoro pimenta e, para mim, comida mexicana é uma das melhores amigas da pimenta.

Resolvi fazer uma farrinha nesse final de semana, pois havia comprado um kit de Taco Dinner, mas como fujo das receitas, fiz o Chilli do jeito que gosto: com feijão. E numa boa farra mexicana não pode faltar a Guacamole, ainda mais que encontrei avocados no Supermercado.

Chilli com Feijão (serviu 5 pessoas):

– 1 xícara de feijão vermelho (deixei de molho por 4 horas na de água fria, troquei a água na metade do tempo)

– 350 gr de carne moída

– tempero do kit Taco Dinner

– folhas de louro

– sal a gosto

Cozinhei o feijão por 30 min na panela de pressão, foi tempo suficiente para eles ficarem macios. Temperei apenas com o louro e um pouco de sal. Escorri os feijões e reservei o caldo.

Refoguei a carne moída em uma panela, apenas com um fio de azeite.

Quando a carne já estava cozida adicionei o tempero, e uns 150ml do caldo que havia reservado. Deixei cozinhando em fogo baixo por uns 10 min, conforme as instruções do saquinho de tempero, aguardando o caldo reduzir.

Após adicionei o feijão cozido e “amassei” um pouco a mistura, pois gosto que um pouco dos feijões estejam inteiros e outra parte amassados.  Provei o tempero e coloquei mais 1 colher de sopa de cominho.

Pronto ficou assim:

Guacamole (serviu 5 pessoas, mas é uma medida boa para 4 pessoas)

– 2 avocados

– 2 tomates sem pele e picados

– 1/2 cebola branca picada

– sal a gosto

– suco de 2 limões

– pimenta a gosto

– salsinha a gosto

Misturei todos os ingredientes, amassando o avocado com cuidado.

E é só isso! A guacamole ficou assim:

Servi com os tacos que vieram no Kit e mais Doritos Dippas que os amigos trouxeram. Para acompanhar usamos o molho apimentado do Kit, alface picadinha, tomate picadinho, creme azedo e queijo mussarela ralado.

No final estávamos todos satisfeitos!

Começando a anotar

Sempre gostei de cozinhar, mas sou do tipo que abre a geladeira e improvisa com o que tem. Não gosto de desperdiçar comida e fico muita braba comigo quando alguma coisa estraga e vai para o lixo.

É claro que não crio do nada, me baseio em algumas receitas, retiradas de blogs, livros de receitas, programas de TV e de ideias de alguns amigos. Tudo de maneira despretensiosa, procurando novos temperos, ingredientes e abusando deles. Nem sempre deu tudo certo, já comi muito doce azedo, carne dura e bolo abatumado, mas isso faz parte da minha experiência culinária.

E nesse tempo, fui buscando os utensílios corretos, ampliando o meu arsenal e aprendendo a usá-los. Porém, ao mesmo tempo que estava me aprofundando e comprando o que precisava, não seguia as receitas e não anotava as minhas adaptações, então muita coisa foi se perdeu.

Percebi isso no dia em que fiz um cupcake de bergamota para levar pro trabalho. Todo mundo elogiou e eu queria refazer, porém já não lembrava quais ingredientes e medidas que eu havia usado: iogurte e manteiga ou só iogurte? Qual foi a quantidade de suco? E aí lembrei que o mesmo aconteceu com o muffin de aveia com maçã, criado no improviso, a torta de frutas vermelhas, a geleia de kiwi, os frostings…

Então decidi que está na hora de mudar! Vou começar a guardar as minhas receitas, tentar recuperar algumas que se perderam, e registrar as comidinhas que faço para a família e amigos.